In Latin America and the Caribbean:

45% of houses are part of the housing deficit (IDB, 2022)

1 in 5 people live in slums (CAF, 2022).

161 million people do not have adequate access to safe drinking water (ECLAC, 2022).

50 million people live on a predominantly dirt floor (HPHI).

175 disasters between 2020 and 2022 (UNDRR).
Autoridades latino-americanas analisam as mudanças climáticas e seus efeitos sobre as moradias na região
- O 5º Fórum de Moradia e Habitat da Habitat para a Humanidade, reúne em Bogotá representantes das Nações Unidas, do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, governo, setor privado, acadêmico e sociedade civil, entre outros.
- O evento procura que as autoridades possam reconhecer os desafios urgentes em moradia e habitat, compartilhar e propor soluções, e convocar o compromisso, os investimentos e os recursos que a emergência exige.
- Bogotá é a sede do evento regional graças a sua liderança no tema de moradia e habitat.
31 de julho de 2023. Sob a premissa de que a América Latina e o Caribe são a segunda região do mundo mais propensa a desastres, autoridades e especialistas em mudanças climáticas, se reúnem esta semana em Bogotá, para analisar os efeitos atuais da crise climática sobre as moradias da região, assim como conhecer soluções acessíveis e resilientes para diminuir o atual déficit de moradia, agravado pela pandemia do COVID-19.
A análise acontecerá durante o 5º Fórum de Moradia e Habitat, um evento regional organizado pela Habitat para a Humanidade, convocado por meio da Plataforma de Práticas de Habitat Urbano e Moradia (UHPH); que tem como coanfitriões o Ministério de Moradia, Cidade e Território da Colômbia, Secretaria do Habitat e a Prefeitura de Bogotá. Durante os três dias do evento estarão presentes os representantes das Nações Unidas, do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do setor privado, acadêmico, representantes da sociedade civil, líderes comunitários, governos locais e regionais, entre outros.
A Colômbia foi escolhida como sede do 5º Fórum de Moradia e Habitat porque é um referente regional e um laboratório de políticas e importantes iniciativas intersetoriais entre moradia e ambiente, setor público e privado, setor nacional e local, que propõem a construção de moradias e cidades mais sustentáveis e eficientes. Bogotá é a cidade sede do evento graças à sua liderança no tema de moradia e habitat, e aos programas de acesso e reformas de moradia promovidos pela prefeitura e pela Secretaria Distrital de Habitat.
Realidade latino-americana. O BID calcula que na América Latina e o Caribe 45% da população não tem um lugar digno onde morar. Isto significa que moram em casas construídas com materiais precários, pouco resilientes às mudanças climáticas, carentes de serviços básicos, muitas delas com pisos de terra e em um terreno que não pertence a elas.
“A moradia é uma base para o desenvolvimento sustentável de uma comunidade, um povo, uma nação. É necessário redobrar esforços para enfrentar a atual crise climática e social, com medidas urgentes de adaptação às mudanças climáticas por meio de moradias e assentamentos mais resilientes e seguros em conformidade com a Nova Agenda Urbana. Para a Habitat para a Humanidade está claro que estamos chamados não só a reduzir o déficit de moradia, mas que devemos fazê-lo de forma sustentável, nos adaptando à realidade que nosso planeta nos impõe. O que estamos enfrentando é um desafio de enormes proporções, com graves consequências para os mais vulneráveis. Um desafio que não podemos enfrentar de forma isolada, devemos fazê-lo junto com outros”, disse Ernesto Castro, vice-presidente de área na Habitat para a Humanidade na América Latina e o Caribe.
Furacões, secas e mais desastres, é a realidade que milhões de latino-americanos enfrentam em suas moradias todos os anos. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, o agravamento das mudanças climáticas e os efeitos combinados da pandemia do COVID-19, paralisaram décadas de progresso contra a pobreza, insegurança alimentar e redução das desigualdades. A mesma comissão calcula o valor de $1.789 milhões para todos os danos e prejuízos econômicos, relacionados direta e indiretamente com os desastres ocorridos em 2022 na região.
“É necessária uma visão muito mais abrangente dos governos. É muito importante fazer uma transformação a partir da política pública de moradia e habitat. Nada é mais importante para a qualidade de vida que o acesso à água potável e ao saneamento. Procura-se o acesso a uma moradia adequada com um novo modelo de política pública que tem a ver com a gestão, reconhecendo a importância que têm as organizações comunitárias de água e entendendo como devem empregar-se os recursos públicos do governo nacional para investir na reforma de moradias e em moradias novas, no trabalho conjunto com o setor privado para entender como avançar na construção do habitat”, disse Catalina Velasco, ministra de Moradia, Cidade e Território da Colômbia.
Ao comemorar que a Habitat para a Humanidade, tenha escolhido Bogotá para sede da quinta versão do fórum, a prefeita de Bogotá, Claudia López Hernández, deu-lhes as boas-vindas aos participantes que vêm de diferentes países e lhes apresentou um panorama completo de o que tem sido a recuperação da cidade em temas econômico e social depois da pandemia e explicou que uma de suas principais abordagens é a mulher.
“Por isso, em nossa política de moradia foi criado e implementado um portfólio de soluções de moradia para famílias de baixa renda (iguais ou inferiores a US$495,00 mensais) e vulneráveis, nas modalidades de aluguel, compra, reforma e moradia progressiva. Por meio dessas soluções de moradia, entregamos mais de 12 mil subvenções, das quais 72% foram para famílias chefiadas por mulheres.”, explicou a prefeita.
A atual crise de moradia afeta principalmente os setores mais vulneráveis da população, entre outros, mulheres, migrantes, etnias, jovens e idosos que sofrem diariamente os efeitos na saúde, na segurança e em suas vidas, por não contar com um lugar seguro ao qual chamar de lar. Diante desta realidade o fórum tem como objetivo conseguir que as autoridades possam reconhecer os desafios climáticos e sociais urgentes sobre moradia e habitat, assim como compartilhar e propor soluções inovadoras, ampliáveis e responsáveis diante das mudanças climáticas; e por último, convocar o compromisso, os investimentos e os recursos que exige a emergência.
“Na ONU-Habitat acreditamos que encontros como o 5º Fórum de Moradia e Habitat são de vital importância para o processo necessário de recuperação socio económica na América Latina e o Caribe, depois da COVID-19 com uma crise global que também afeta a região. Em nossa organização identificamos que o tema de moradia e os temas relacionados com o habitat, constituem uma das áreas prioritárias de ação e intervenção, e uma das áreas prioritárias de investimento público e privado que é importante promover”, disse Elkin Velásquez, representante regional da ONU Habitat para a América Latina e o Caribe.
Como parte do evento serão analisadas 12 iniciativas inovadoras que fortalecem a moradia contra os efeitos das mudanças climáticas, que serão reconhecidas em uma cerimônia especial de premiação. Essas são as iniciativas ganhadoras do concurso Práticas Inspiradoras UHPH 2023, que acontece de dois em dois anos e tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade a iniciativas em moradia, que, por meio da inovação e a colaboração, contribuam para melhorar a qualidade de vida das famílias de baixa renda na região.
O 5º Fórum de Moradia e Habitat é realizado com o apoio da Fundação Hilti como apresentador global, assim como com o patrocínio de aliados regionais como Whirpool Corporation, Grupo Argos, ONU Habitat, Banco de Desenvolvimento da América Latina, Swiss Contact, World Vision, a Cúpula Internacional de Habitat da América Latina e o Caribe, Miyamoto, Eternit e a Associação de empresas imobiliárias do Peru. Anteriormente, foi realizado de maneira virtual na Costa Rica em 2021, na República Dominicana em 2018, no México em 2015 e na Colômbia em 2012.
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